Jornada de Torres a Araranguá

O percurso de Torres a Araranguá foi tão dramático que é melhor traduzir ao pé da letra (com alguns recortes) a narrativa do Cônego Donato. Na manhã de 9 de abril levantei bem cedo porque queria celebrar a missa. Fui até a casa canônica, bati na porta mas ninguém respondeu. […] Depois de meia hora tiveContinuar lendo “Jornada de Torres a Araranguá”

Dezesseis horas de Gravataí a Torres

Na manhã do segundo dia de viagem, saindo de Gravataí, depois de uma noite de pouco sono por causa dos mosquitos, o Cônego Angelo Donato teve de embarcar no caminhão contra a vontade, segundo seu relato: No dia 8 levantei cedo, todos queriam partir logo e não me deixaram celebrar a missa. Partimos antes do nascer doContinuar lendo “Dezesseis horas de Gravataí a Torres”

Primeiro dia de viagem no caminhão

Continuando com a “reportagem” do Cônego Ângelo Donato, seguem os acontecimentos do primeiro dia da viagem de Caxias a Tubarão. Depois de tudo combinado, os nove passageiros embarcaram na carroceria do caminhão e partiram às 5h30 da manhã do dia 7 de abril de 1937, uma quarta-feira. Tomaram o rumo de Galópolis, ao invés de Farroupilha (naContinuar lendo “Primeiro dia de viagem no caminhão”

Um cônego com tino de repórter

Sou detentor, por cortesia de mãos amigas, de um relato manuscrito deixado pelo Cônego Ângelo Donato – hoje nome de rua em Caxias do Sul, no bairro São José –, contando a aventura e as desventuras de uma viagem de caminhão desde Caxias até as águas termais da Guarda, em Tubarão, no Estado de Santa Catarina. O Padre Ângelo,Continuar lendo “Um cônego com tino de repórter”

Jogo do chinquilho

Encontrei essa referência ao jogo do chinquilho num livro de João Spadari Adami, o nosso barbeiro historiador, em capítulo dedicado às origens das atividades esportivas na Colônia Caxias. Um dos primeiros jogos praticados, diz ele, era o de “scaie”, palavra que ele traduz por chinquilho, posto entre parênteses. Num primeiro instante, pensei que a informação estava cheia de equívocos,Continuar lendo “Jogo do chinquilho”

A marca cultural do empreendedorismo

Heinrich Bunse, um estudioso das línguas de imigração no Rio Grande do Sul, ao escrever sobre os dialetos italianos, por ocasião do centenário da imigração, descreve o ambiente das colônias sinalizando a forte marca do empreendedorismo, trazida pelos imigrantes, nestes termos: Recrutados os futuros colonos na região do vale do Pó, nas cidades industriais e nasContinuar lendo “A marca cultural do empreendedorismo”

O caldo cultural das capelas

Dentro da rememoração da história do sesquicentenário da imigração italiana, e relendo a Istoria de Conceição de Carlin Fabris, é interessante saber como imigrantes isolados, com dialetos diferentes, que começaram a se conhecer no cais de embarque e nos navios a vapor em que atravessavam o oceano para a América, conseguiram construir aqui a vida em comunidade. AquiContinuar lendo “O caldo cultural das capelas”

História de Conceição da Linha Feijó

Dentro da memória dos 150 anos da imigração italiana, há um capítulo exemplar, registrado por Carlin Fabris, um colono morador do povoado de Conceição da Linha Feijó, a dez quilômetros da cidade de Caxias do Sul, num caderno de 44 páginas. O título dado por ele a seu escrito foi este: Istoria de Conceição. Foi publicado pelo historiadorContinuar lendo “História de Conceição da Linha Feijó”

A figura de Guido Cavalcanti em Boccaccio

Giovanni Boccaccio completou, com Dante e Petrarca, a trindade que deu base e fama à literatura italiana. Nascido em 1313, era nove anos mais jovem que Petrarca e quase cinquenta mais jovem que Dante. Teve relações estreitas com os dois. Foi dele a ideia de dar o nome de Divina Comedia à Comedia de Dante, nome que ficou consagrado por todosContinuar lendo “A figura de Guido Cavalcanti em Boccaccio”

Muito além de uma bela canção

Para o público leitor, durante muito tempo, o poeta italiano Guido Cavalcanti (1255 – 1300) foi lembrado somente pela canção Donna mi prega. É um poema de cunho filosófico que teoriza a respeito do amor numa perspectiva considerada averroista por uns, tomista por outros. Ela foi objeto de análise e de comentários interpretativos no período humanista. É evidente a segurançaContinuar lendo “Muito além de uma bela canção”

Crie um site como este com o WordPress.com
Comece agora