Um cônego com tino de repórter

Sou detentor, por cortesia de mãos amigas, de um relato manuscrito deixado pelo Cônego Ângelo Donato – hoje nome de rua em Caxias do Sul, no bairro São José –, contando a aventura e as desventuras de uma viagem de caminhão desde Caxias até as águas termais da Guarda, em Tubarão, no Estado de Santa Catarina. O Padre Ângelo,Continuar lendo “Um cônego com tino de repórter”

Jogo do chinquilho

Encontrei essa referência ao jogo do chinquilho num livro de João Spadari Adami, o nosso barbeiro historiador, em capítulo dedicado às origens das atividades esportivas na Colônia Caxias. Um dos primeiros jogos praticados, diz ele, era o de “scaie”, palavra que ele traduz por chinquilho, posto entre parênteses. Num primeiro instante, pensei que a informação estava cheia de equívocos,Continuar lendo “Jogo do chinquilho”

A marca cultural do empreendedorismo

Heinrich Bunse, um estudioso das línguas de imigração no Rio Grande do Sul, ao escrever sobre os dialetos italianos, por ocasião do centenário da imigração, descreve o ambiente das colônias sinalizando a forte marca do empreendedorismo, trazida pelos imigrantes, nestes termos: Recrutados os futuros colonos na região do vale do Pó, nas cidades industriais e nasContinuar lendo “A marca cultural do empreendedorismo”

O caldo cultural das capelas

Dentro da rememoração da história do sesquicentenário da imigração italiana, e relendo a Istoria de Conceição de Carlin Fabris, é interessante saber como imigrantes isolados, com dialetos diferentes, que começaram a se conhecer no cais de embarque e nos navios a vapor em que atravessavam o oceano para a América, conseguiram construir aqui a vida em comunidade. AquiContinuar lendo “O caldo cultural das capelas”

A figura de Guido Cavalcanti em Boccaccio

Giovanni Boccaccio completou, com Dante e Petrarca, a trindade que deu base e fama à literatura italiana. Nascido em 1313, era nove anos mais jovem que Petrarca e quase cinquenta mais jovem que Dante. Teve relações estreitas com os dois. Foi dele a ideia de dar o nome de Divina Comedia à Comedia de Dante, nome que ficou consagrado por todosContinuar lendo “A figura de Guido Cavalcanti em Boccaccio”

Muito além de uma bela canção

Para o público leitor, durante muito tempo, o poeta italiano Guido Cavalcanti (1255 – 1300) foi lembrado somente pela canção Donna mi prega. É um poema de cunho filosófico que teoriza a respeito do amor numa perspectiva considerada averroista por uns, tomista por outros. Ela foi objeto de análise e de comentários interpretativos no período humanista. É evidente a segurançaContinuar lendo “Muito além de uma bela canção”

Guido Cavalcanti rompe com Dante Alighieri

As relações de Guido Cavalcanti com Dante Alighieri têm também uma história curiosa. Dante era dez anos mais novo que Guido, e se tornaram amigos porque os dois gostavam de fazer poesia. De mais idade, Guido era um admirador da poesia de Sordello da Goito (1.200- 1.269) nascido em Mântua, que foi trovador e jogral de várias cortes,Continuar lendo “Guido Cavalcanti rompe com Dante Alighieri”

Peripécias de Guido Cavalcanti

A biografia do poeta Guido Cavalcanti, mestre de Dante e de Petrarca, foi cheia de peripécias. Guido nasceu em Florença antes de 1260, por volta talvez de 1255: nunca foi estabelecida com precisão a data. Era filho de Cavalcante Cavalcanti, chefe de uma das casas mais poderosas e temidas dos guelfos: a tumultuada vida política daContinuar lendo “Peripécias de Guido Cavalcanti”

Um mestre da poesia: Guido Cavalcanti

Os nomes mais lembrados da poesia italiana do século XIII – il Duecento – são os de Dante e Petrarca. Mas os dois tiveram como mestre o poeta Guido Cavalcanti (1255-1300), que não deixaram de elogiar. Por esse motivo, fui também procurar sua poesia e, para degustar em cheio seu sabor, traduzi suas canções, baladas e sonetos, num total de 52Continuar lendo “Um mestre da poesia: Guido Cavalcanti”

Um filme quase etnográfico

Uma frase que nunca esqueci, dita por Lucy Barreto, coprodutora do filme O Quatrilho, foi esta: – Minha intenção foi a de fazer um filme quase etnográfico. Esse cuidado com fazer uma reprodução fiel de usos e costumes na filmagem, respeitando a época e os lugares da narrativa, começou pela escolha dos cenários. O projeto previa comoContinuar lendo “Um filme quase etnográfico”

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