O limpo som das trombetas de prata; e nos cravos surdinamente as teclas soando como em toneis de carvalho o som da madeira.
Arquivos da categoria: literatura
Um romance sobre o front da guerra
Dentre os escritores vênetos do século passado, outro nome merecedor de atenção é o de Mario Rigoni Stern, autor do romance O Sargento na Neve, “que se impõe como um dos clássicos contemporâneos mais amados de nossa literatura, além de ser o núcleo de origem de todas as seguintes obras do escritor”, na avaliação de Eraldo Affinati, críticoContinuar lendo “Um romance sobre o front da guerra”
Escritores vênetos da atualidade
Um recente amigo, muito prestimoso, me fez chegar às mãos algumas obras de quatro escritores vênetos. Todos eles nasceram nos anos 1920 e faleceram no início deste século, entre os oitenta e cinco e os noventa anos de idade. São eles, pela ordem cronológica: Mario Rigoni Stern: 1921-2008; Andrea Zanzotto: 1921-2011; Luigi Meneghello: 1922-2007; Gian Antonio Cibotto:Continuar lendo “Escritores vênetos da atualidade”
A figura de Guido Cavalcanti em Boccaccio
Giovanni Boccaccio completou, com Dante e Petrarca, a trindade que deu base e fama à literatura italiana. Nascido em 1313, era nove anos mais jovem que Petrarca e quase cinquenta mais jovem que Dante. Teve relações estreitas com os dois. Foi dele a ideia de dar o nome de Divina Comedia à Comedia de Dante, nome que ficou consagrado por todosContinuar lendo “A figura de Guido Cavalcanti em Boccaccio”
Muito além de uma bela canção
Para o público leitor, durante muito tempo, o poeta italiano Guido Cavalcanti (1255 – 1300) foi lembrado somente pela canção Donna mi prega. É um poema de cunho filosófico que teoriza a respeito do amor numa perspectiva considerada averroista por uns, tomista por outros. Ela foi objeto de análise e de comentários interpretativos no período humanista. É evidente a segurançaContinuar lendo “Muito além de uma bela canção”
Guido Cavalcanti rompe com Dante Alighieri
As relações de Guido Cavalcanti com Dante Alighieri têm também uma história curiosa. Dante era dez anos mais novo que Guido, e se tornaram amigos porque os dois gostavam de fazer poesia. De mais idade, Guido era um admirador da poesia de Sordello da Goito (1.200- 1.269) nascido em Mântua, que foi trovador e jogral de várias cortes,Continuar lendo “Guido Cavalcanti rompe com Dante Alighieri”
Peripécias de Guido Cavalcanti
A biografia do poeta Guido Cavalcanti, mestre de Dante e de Petrarca, foi cheia de peripécias. Guido nasceu em Florença antes de 1260, por volta talvez de 1255: nunca foi estabelecida com precisão a data. Era filho de Cavalcante Cavalcanti, chefe de uma das casas mais poderosas e temidas dos guelfos: a tumultuada vida política daContinuar lendo “Peripécias de Guido Cavalcanti”
Um mestre da poesia: Guido Cavalcanti
Os nomes mais lembrados da poesia italiana do século XIII – il Duecento – são os de Dante e Petrarca. Mas os dois tiveram como mestre o poeta Guido Cavalcanti (1255-1300), que não deixaram de elogiar. Por esse motivo, fui também procurar sua poesia e, para degustar em cheio seu sabor, traduzi suas canções, baladas e sonetos, num total de 52Continuar lendo “Um mestre da poesia: Guido Cavalcanti”
Um filme quase etnográfico
Uma frase que nunca esqueci, dita por Lucy Barreto, coprodutora do filme O Quatrilho, foi esta: – Minha intenção foi a de fazer um filme quase etnográfico. Esse cuidado com fazer uma reprodução fiel de usos e costumes na filmagem, respeitando a época e os lugares da narrativa, começou pela escolha dos cenários. O projeto previa comoContinuar lendo “Um filme quase etnográfico”
Descobrindo Francesco Petrarca
Nem todas as descobertas são planejadas. Até mesmo o descobrimento do Brasil aconteceu fora dos planos. Basta ler a carta de Pero Vaz de Caminha, que ficou espantado e fascinado com o que viu. Escreveu ao rei de Portugal, usando até ponto de exclamação: Senhor. Neste dia [21 de abril] a horas de véspera, houvemos vista de terra!Continuar lendo “Descobrindo Francesco Petrarca”