Na manhã veludosa Saborosa De primavera brasileira Brincam as andorinhas. Andorinha brasileira nunca quis ser estrangeira. Sempre sobra mesmo no inverno um pouco de primavera para as andorinhas e os apaixonados.
Arquivos da categoria: literatura
Do vinho novo ao vinho velho
No ano de 1978 foi publicado, em coedição do Instituto Estadual do Livro e a Editora da Universidade de Caxias do Sul, um livro de poemas de Olmiro Azevedo (1895 – 1974), intitulado Vinho Velho. Ele havia falecido quatro anos antes e deixado a coletânea de poemas organizada, com esta apresentação cheia de humor: EU ME EXPLICO DosContinuar lendo “Do vinho novo ao vinho velho”
As marcas de ferro
Guilhermino César foi um mineiro que estudou o Rio Grande do Sul mais do que ninguém. Além da História da Literatura do Rio Grande do Sul (Editora Globo, 1956), sua obra mais conhecida, escreveu também História do Rio Grande do Sul. Período Colonial (Editora Globo, 1970). Nesta segunda obra, ele nos revela a história do uso das marcas de ferro noContinuar lendo “As marcas de ferro”
O inspirador do Padre Giobbe
Quando programei escrever a minha trilogia de romances sobre a imigração italiana na Serra Gaúcha, saí à procura de uma figura que deixasse bem à mostra o papel da Igreja no processo histórico e cultural das colônias. Essa figura deveria ser um padre, mas um padre capaz de mergulhar bem fundo na mentalidade do imigrante que chegava,Continuar lendo “O inspirador do Padre Giobbe”
Banho de mar em Torres
Prosseguindo na leitura do caderno de memória de Francisco Paglioli, deparamos com mais um episódio curioso. Estava ele já morando em São Francisco de Paula, em Cima da Serra, e sofria de um reumatismo no braço direito, “a ponto de ter dificuldade de escrever: experimentei diversos remédios e pomadas, mas nada adiantou”. Um dia chegou um seu compadre,Continuar lendo “Banho de mar em Torres”
Paglioli e os falantes de ‘hunsrückish”
Nas colônias de imigração alemã, em todo o sul do Brasil, e também no Espírito Santo, era falado um dialeto alemão com forte influência do português, fenômeno linguístico semelhante ao que deu origem ao Talian nas colônias italianas. Como o Talian, também a língua das colônias alemãs foi reconhecida pelo Iphan como patrimônio das línguas de imigração, com oContinuar lendo “Paglioli e os falantes de ‘hunsrückish””
Lygia Fagundes Telles e suas meninas
Esta semana ficou marcada com a morte, também, de Lygia Fagundes Telles, que ganhou o epíteto de “a dama da literatura brasileira”. Nascida a 19 de abril de 1923, em São Paulo, quase se tornou centenária. Faleceu dia 3 de abril, em casa, de causas naturais, segundo o noticiário. Sempre coloquei essa escritora no pedestal mais altoContinuar lendo “Lygia Fagundes Telles e suas meninas”
Casos para proveito do papel
Francisco Paglioli, aqui apresentado na crônica anterior, depois de escritas dezesseis páginas em seu caderno de memórias, conclui: “Teria muitas coisas mais para contar, mas como são de pouca importância faço ponto final”. E acrescenta a data, 10-5-42, seguida das iniciais F.P. Mas, ainda na mesma página dezesseis, emenda: “Passemos a contar algum caso paraContinuar lendo “Casos para proveito do papel”
Celeste Gobbato, o grande mentor
No texto anterior, escrevi que a figura de Celeste Gobbato, um dos mentores da Festa da Uva, merecia ser mais exposta ao conhecimento de todos, tão importante foi sua atuação para a cidade de Caxias do Sul, para o Rio Grande do Sul e o Brasil. Está à disposição, para tanto, uma publicação da EDUCS (EditoraContinuar lendo “Celeste Gobbato, o grande mentor”
A região no planeta global
Como escrevi certa vez, “o tema da região me persegue”. E apontava duas razões para isso. Primeiro, porque nasci e vivo no Rio Grande do Sul, uma região que sempre se quis independente: na economia, na política, na cultura. Segundo, porque estou num espaço criado pela imigração italiana, que reivindica o tempo todo ter uma identidade própriaContinuar lendo “A região no planeta global”