Um filme quase etnográfico

Uma frase que nunca esqueci, dita por Lucy Barreto, coprodutora do filme O Quatrilho, foi esta: – Minha intenção foi a de fazer um filme quase etnográfico. Esse cuidado com fazer uma reprodução fiel de usos e costumes na filmagem, respeitando a época e os lugares da narrativa, começou pela escolha dos cenários. O projeto previa comoContinuar lendo “Um filme quase etnográfico”

Cenas de bastidores

Às vésperas da comemoração do sesquicentenário da imigração italiana na Serra Gaúcha, a canção Mèrica, Mèrica, guardada como um hino dos imigrantes, não sai de meus ouvidos. Isso também porque ela é cantada por ninguém menos que Caetano Veloso, como trilha sonora do filme O Quatrilho. Quem se encarregou dessa façanha, na produção do filme, foi nosso maestro Renato Fillipini. Em entrevistaContinuar lendo “Cenas de bastidores”

Relendo Cesare Pavese

Já escrevi que um crítico português me comparou com Cesare Pavese, ao afirmar que meu romance O Quatrilho tinha muita afinidade com os do poeta e romancista italiano de Turim. Relendo agora sua poesia, chamou-me a atenção um tema que perpassa a visão que tem de seu tempo: o choque da cultura tradicional com os inventos da tecnologia. Machado deContinuar lendo “Relendo Cesare Pavese”

Tramas de oficina

Nas muitas vezes em que fui convidado a falar sobre a construção de meu romance O Quatrilho, em eventos escolares, uma pergunta era fatal: o que tinha acontecido com o casal que foi embora. Minha resposta era sempre a mesma: isso ficava para outro romance. De fato, no romance A Babilônia, o personagem Lourenço visita a casa de Teresa eContinuar lendo “Tramas de oficina”

O inspirador do Padre Giobbe

Quando programei escrever a minha trilogia de romances sobre a imigração italiana na Serra Gaúcha, saí à procura de uma figura que deixasse bem à mostra o papel da Igreja no processo histórico e cultural das colônias. Essa figura deveria ser um padre, mas um padre capaz de mergulhar bem fundo na mentalidade do imigrante que chegava,Continuar lendo “O inspirador do Padre Giobbe”

Afinidades sempre existem

Quando meu romance O Quatrilho atravessou o Oceano Atlântico, um crítico português o elogiou, comparando-o, na forma e no tema, com os do escritor italiano Cesare Pavese, nascido em 1908. Obra e autor que eu nunca havia lido. A partir daí fui à sua procura e, de fato, encontrei vários pontos de afinidade com ele. Também ele fezContinuar lendo “Afinidades sempre existem”

A relação entre o autor e o leitor

Antonio Candido (1918-2017) foi, e continua sendo, um mestre insubstituível para quem quer conhecer a fundo a literatura no Brasil. Sua obra fundamental, e insubstituível, é Formação da literatura brasileira – Momentos decisivos, em dois volumes. De uma honestidade também exemplar, diz ele ao leitor, no prefácio do primeiro volume: “Este livro foi preparado e redigido entreContinuar lendo “A relação entre o autor e o leitor”

O centenário do ator de Monte Vêneto

A extensa biografia cinematográfica do saudoso José Lewgoy inclui “Rocco”, o personagem que desempenhou em sua participação na filmagem de “O Quatrilho” Uma das muitas emoções que ganhei de presente durante a filmagem de “O Quatrilho” foi, sem dúvida, a presença de José Lewgoy no elenco. E tenho certeza de que, para ele também, foi grande a emoção deContinuar lendo “O centenário do ator de Monte Vêneto”

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