Assim que foi criada a Universidade de Caxias do Sul (UCS), em 1967, fui contemplado com uma bolsa da Fundação Ford para participar, no Rio de Janeiro, do II Simpósio se Língua e Literatura Portuguesa. Ele aconteceu de 15 a 27 de janeiro de 1968, em pleno verão carioca, na Universidade do Estado da Guanabara, que mudariaContinuar lendo “Preciosidades de gaveta”
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Um contador de histórias
A recente eleição de Francisco Michielin para ser o Patrono da 39ª Feira do Livro de Caxias do Sul coloca na frente do leitor um fascinante contador de histórias, capaz de fazer uma reconstituição concreta de tempos passados. Seus dois livros mais conhecidos têm como tema histórias do futebol. O primeiro, Assim na terra como no céu, contaContinuar lendo “Um contador de histórias”
Sopas para o inverno
O inverno sempre convida a privilegiar uma sopa quente no cardápio. E a região da Serra Gaúcha é rica em variedade de sopas e sabores. É possível que o frio, que volta e meia traz a neve, esteja na raiz dessa tendência culinária. Entre os anos de 2003 e 2007, período em que se construíram as usinas de energiaContinuar lendo “Sopas para o inverno”
Apertos de mão indeléveis
Quando vi a notícia de que 21 de junho é o Dia Internacional do Aperto de Mão, lembrei logo de alguns apertos de mão que recebi e ficaram indeléveis na memória, e não apenas nos dedos. Cada um deles me trouxe uma mensagem diferente, e fácil de ser captada. O primeiro de que tenho registro foiContinuar lendo “Apertos de mão indeléveis”
Relendo Cesare Pavese
Já escrevi que um crítico português me comparou com Cesare Pavese, ao afirmar que meu romance O Quatrilho tinha muita afinidade com os do poeta e romancista italiano de Turim. Relendo agora sua poesia, chamou-me a atenção um tema que perpassa a visão que tem de seu tempo: o choque da cultura tradicional com os inventos da tecnologia. Machado deContinuar lendo “Relendo Cesare Pavese”
Nas ruas e nos céus de Paris
Numa de minhas idas a Paris – uma cidade cativante como nenhuma outra – andando pela Avenue des Champs Élysées, parei na frente da Maison Cartier, uma joalheria quase tão famosa como a cidade que a abriga. Para minha surpresa, no edifício ao lado havia uma placa na entrada informando que ali havia residido Alberto Santos Dumont, “LeContinuar lendo “Nas ruas e nos céus de Paris”
O burro de São Martinho
Comecei a conhecer a importância dada a São Martinho – San Martino, em italiano; Saint-Martin, em francês – com as pesquisas para escrever o romance A Cocanha, com o foco central na saída dos imigrantes da Itália para o Brasil. Acontece que na Itália o dia de São Martinho, a 11 de novembro, era a data em que os proprietáriosContinuar lendo “O burro de São Martinho”
PAI DA NOIVA
Agora me dou conta. Em todas as vezes que presenciei uma festa de casamento, nunca prestei atenção no pai da noiva. Nem eu, nem ninguém. Quando ele entra pela nave da igreja, com música solene ecoando nos vitrais (se houver vitrais), não se percebe que ele entrou. Não é para ele a música, nem aContinuar lendo “PAI DA NOIVA”
Invenção de Orfeu: um ‘pot-pourri’
Pot-pourri é como os franceses designam uma miscelânea de estilos, seja no campo da música, seja no da literatura e de outras artes. O livro Invenção de Orfeu, do poeta alagoano Jorge de Lima, publicado em 1952, cabe perfeitamente dentro dessa rubrica. Meu primeiro contato com essa obra aconteceu bem cedo, dois anos depois de ela ser editada.Continuar lendo “Invenção de Orfeu: um ‘pot-pourri’”
A Páscoa e seus símbolos
Os estudos de antropologia histórica têm mostrado que a Igreja, à medida em que catequizava os mais diversos povos e etnias, levava a eles seus ritos e símbolos. Mas também ia incorporando à sua liturgia ritos e símbolos enraizados em cada cultura. Os dois eventos cristãos mais marcantes, o Natal e a Páscoa, foram também os dois que maisContinuar lendo “A Páscoa e seus símbolos”