O limpo som das trombetas de prata; e nos cravos surdinamente as teclas soando como em toneis de carvalho o som da madeira.
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Do far niente
Enquanto a água escorre do telhado vou catalogando lousas e cousas: a filosofúmena de hipólito o torso arcaico de apolo que furtei a rainer maria rilke junto com outras miudezas teorias de poetas frustrados poesias de não-teóricos píndaro e aristóteles.
Muito além de uma bela canção
Para o público leitor, durante muito tempo, o poeta italiano Guido Cavalcanti (1255 – 1300) foi lembrado somente pela canção Donna mi prega. É um poema de cunho filosófico que teoriza a respeito do amor numa perspectiva considerada averroista por uns, tomista por outros. Ela foi objeto de análise e de comentários interpretativos no período humanista. É evidente a segurançaContinuar lendo “Muito além de uma bela canção”
Peripécias de Guido Cavalcanti
A biografia do poeta Guido Cavalcanti, mestre de Dante e de Petrarca, foi cheia de peripécias. Guido nasceu em Florença antes de 1260, por volta talvez de 1255: nunca foi estabelecida com precisão a data. Era filho de Cavalcante Cavalcanti, chefe de uma das casas mais poderosas e temidas dos guelfos: a tumultuada vida política daContinuar lendo “Peripécias de Guido Cavalcanti”
Um mestre da poesia: Guido Cavalcanti
Os nomes mais lembrados da poesia italiana do século XIII – il Duecento – são os de Dante e Petrarca. Mas os dois tiveram como mestre o poeta Guido Cavalcanti (1255-1300), que não deixaram de elogiar. Por esse motivo, fui também procurar sua poesia e, para degustar em cheio seu sabor, traduzi suas canções, baladas e sonetos, num total de 52Continuar lendo “Um mestre da poesia: Guido Cavalcanti”
A poesia de José Régio
Outra conferência marcante no Simpósio de Língua e Literatura Portuguesa, em 1968, no Rio de Janeiro, teve como tema A Poesia de José Régio. Foi proferida pelo Prof. Leodegário Amarante de Azevedo Filho (1927-2011), um ensaísta pernambucano de renome também em Portugal. Começou justificando a escolha do poeta José Régio, um nome que ficou na sombra doContinuar lendo “A poesia de José Régio”
Do verso em latim ao verso rítmico português
No dia 19 de janeiro de 1968, sexta-feira, às 10h, no Simpósio de Língua e Literatura Portuguesa, do qual participei no Rio de Janeiro, o tema foi: Da Quantidade Latina ao Verso Rítmico Português. E Silvio Elia (1913-1998) foi o minucioso detalhista dessa passagem. Foi quando aprendi que a métrica da poesia não é apenas uma receita deContinuar lendo “Do verso em latim ao verso rítmico português”
O poeta do “Cântico das Criaturas”
Quando saí de São Francisco de Paula para entrar no Seminário Menor em Caxias do Sul, deparei com outro São Francisco: o de Assis. Ocorre que o Seminário era na época dirigido pela ordem dos Capuchinhos, e o dia de São Francisco de Assis, a 4 de outubro, era a data mais festejada do ano, comContinuar lendo “O poeta do “Cântico das Criaturas””
CANÇÃO VELHA
Na manhã veludosa Saborosa De primavera brasileira Brincam as andorinhas. Andorinha brasileira nunca quis ser estrangeira. Sempre sobra mesmo no inverno um pouco de primavera para as andorinhas e os apaixonados.
Do vinho novo ao vinho velho
No ano de 1978 foi publicado, em coedição do Instituto Estadual do Livro e a Editora da Universidade de Caxias do Sul, um livro de poemas de Olmiro Azevedo (1895 – 1974), intitulado Vinho Velho. Ele havia falecido quatro anos antes e deixado a coletânea de poemas organizada, com esta apresentação cheia de humor: EU ME EXPLICO DosContinuar lendo “Do vinho novo ao vinho velho”