Poema do Outro

O vento levantou-se de manhã vestiu-se todo de azul pôs um botão de sol a passear pela roupa e saiu devagarinho sorrindo para todos. Entrou no jardim sem passar pelo portão derrubou uma porção de gotas de orvalho pisando por tudo enquanto nos canteiros as florinhas se inclinando: – Bom dia, senhor vento!    Como vai?Continuar lendo “Poema do Outro”

O INVENTOR DO SONETO

Os sonetos de Francesco Petrarca foram um modelo de poesia lírica para toda a literatura ocidental. Ronsard, da Plêiade, que sonhava ser “o Petrarca francês”,  Shakespeare na Inglaterra, Francisco de Quevedo na Espanha, Sá de Miranda e Camões em Portugal, Gregório de Matos no Brasil, todos eles referência de base nas respectivas literaturas nacionais, juntaram Continuar lendo “O INVENTOR DO SONETO”

BOQUIRROTO

Uma noite dessas, zapeando, peguei já na metade o poeta João Cabral de Melo Neto numa entrevista, gravada na certa há mais de 30 anos pela televisão cultural do governo (não sei que nome tinha ela na época). João Cabral estava com um desses óculos de aro grosso, que também já usei, e que davaContinuar lendo “BOQUIRROTO”

CHEIRO DE FRUTA

Juana de Ibarbourou Com marmelos maduros Perfumo os armários. Tem toda minha roupa Um aroma de fruta que a meu corpo Dá um constante sabor de primavera. Quando das prateleiras Polidas e profundas Tiro uma pilha branca De roupa íntima, Pelo quarto se espalha  Um clima de pomar. É como se eu tivesse em meusContinuar lendo “CHEIRO DE FRUTA”

MEUS OITENTA ANOS

Ai quanta alegria eu tenho De chegar a essa idade Cheia de maturidade Que os anos dão sempre mais. E quanto amor, quantos sonhos, Eu vivi pelo caminho Sempre cheio de carinho E abraços bem risonhos. Por isso quero seguir,  Tendo sempre o meu afeto, Sempre com novo projeto, Para me deixar feliz. Todos osContinuar lendo “MEUS OITENTA ANOS”

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